Os cuidados paliativos são um conjunto de práticas focadas no bem-estar de pacientes com algum quadro de doença grave e irreversível. Nesse sentido, a equipe médica tem o objetivo principal de amenizar sintomas como dores e desconfortos. Logo, os cuidados paliativos não são um tratamento para a doença em si, mas uma forma de oferecer mais conforto ao paciente.
Somente pacientes terminais devem receber cuidados paliativos?
Quando uma pessoa adoece, ela é tratada por uma equipe médica que investiga os sintomas e busca o diagnóstico para então desenvolver o melhor protocolo de tratamento.
Porém, algumas patologias – como câncer em estágios mais avançados -, são progressivas e ameaçam a continuidade da vida. Por isso, os cuidados paliativos não devem ser iniciados apenas quando o quadro for irreversível.
Na verdade, o ideal é iniciar esses tratamentos assim que o diagnóstico foi dado. Inclusive, os cuidados paliativos podem ser feitos junto com o tratamento que prevê a cura da doença.
Isso faz com que o paciente sofra menos e fique o mais confortável possível durante o seu processo de cura.
Já nos casos em que o quadro da patologia se torna irreversível e não há mais formas de cura, os cuidados paliativos se tornam prioritários. Assim, o tratamento passa a ser um cuidado geral da saúde psicológica, espiritual e física. Logo, para um paciente em estado irreversível, esses cuidados garantem dignidade e atenuação das dores e sofrimentos.
Como funcionam os cuidados paliativos?
As práticas paliativas são oferecidas através de uma equipe multidisciplinar especializada neste tipo de cuidado. Dentre a equipe de profissionais, podem ser necessários:
- Fisioterapeutas
- Psicólogos
- Enfermeiros
- Cuidadores
Além disso, médicos especialistas também participam do acompanhamento, dependendo de qual for a patologia. Por exemplo, no caso do paciente ser idoso, um geriatra estará presente. Ou ainda, se o quadro tratado for de câncer, o oncologista também será responsável pelos cuidados.
Sendo assim, a equipe trabalha junto da equipe de tratamento. Dessa forma, existe um cuidado maior para que o tratamento respeite os limites do paciente, sem aumentar sua dor e oferecendo mais qualidade de vida.
E dependendo do caso, o paciente pode receber esses cuidados em casa, principalmente quando existem problemas de mobilidade. Já em casos mais amenos, o paciente pode recebê-los no centro de tratamento ou ambulatório.
Alguns tratamentos podem ser agressivos e trazer mal estar no processo de cura. E ainda, alguns pacientes permanecem em cuidados paliativos por anos, para dar suporte em um tipo de patologia. Nesse meio tempo, podem adquirir outras doenças que são curáveis e algumas vezes, podem caber intervenções médicas.. Por isso existem os cuidados paliativos. Eles são uma forma de preservar e respeitar a sua vida ou a de alguém que você ama.
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Um exemplo disso e que ganhou grande destaque na mídia foi o caso do ex-jogador de futebol Pelé. O atleta aposentado travava uma batalha contra o câncer de cólon e, ao parar de responder ao tratamento, os cuidados paliativos foram essenciais na hora de amenizar seu sofrimento.
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DRA. Érica Boteon
Fontes consultadas: https://getpalliativecare.org/whatis/
https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-sao-cuidados-paliativos-e-caso-pele/#:~:text=Recentemente%2C%20foi%20divulgado%20pela%20imprensa,condol%C3%AAncias%2C%20foi%20negada%20pela%20fam%C3%ADlia