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Sinusite crônica X Aguda: entenda as diferenças!

Você conhece as diferenças que existem entre a sinusite crônica e aguda? Apesar dos nomes similares, os quadros apresentam particularidades que devem ser levadas em consideração.

Portanto, para um tratamento efetivo contra esse processo inflamatório, saber identificar as distinções entre os dois casos é essencial.

Sinusite crônica e aguda: compreenda as diferenças

Antes de aprender diferenciar sinusite crônica e aguda, é importante que você entenda o que é a sinusite propriamente dita. 

Em resumo, a condição é um processo inflamatório da mucosa que reveste a região interna dos seios da face e nariz. Os sintomas apresentados são basicamente os mesmos entre a forma aguda e crônica da doença:

  • Dor de cabeça;
  • Secreção amarela ou esverdeada;
  • Obstrução nasal;
  • Sensação de pressão, pontada ou pulso na cabeça e entre os olhos;
  • Cansaço e dificuldade para respirar;
  • Tosse;
  • Coriza;
  • Dores musculares.

Agora, conhecendo os sinais de alerta comuns da condição, podemos avançar para as diferenças entre a sinusite crônica e aguda.

Sinusite aguda

A identificação da sinusite aguda ocorre por meio do período que os sintomas são apresentados. Considerando esse fato, são definidos como casos de sinusite aguda aqueles em que os sintomas desaparecem em menos de 4 semanas.

Ela surge principalmente por conta de bactérias, alergias e imunidade baixa. Em situações mais raras, fungos podem ser os causadores do problema.

Ademais, existe também a sinusite aguda recorrente. Esse é o nome dado quando um paciente contrai o quadro mais de quatro vezes em um ano.

Sinusite crônica

O processo inflamatório é definido como crônico após perdurar por um período além de 12 semanas. De forma resumida, é quando o problema torna-se persistente. As origens da sinusite crônica são variadas. Em geral, ela costuma surgir em decorrência de quadros de sinusite aguda mal tratados. Além desse fator, bactérias mais resistentes e episódios alérgicos figuram entre outras causas comuns.

Para o diagnóstico, geralmente o especialista recomenda processos como raio-x, endoscopia nasal e exame de nasofibrolaringoscopia, além da análise clínica.

Entenda as diferenças entre sinusite crônica e aguda

Como vimos acima, a principal diferença entre sinusite crônica e aguda está no tempo de duração dos sintomas apresentados. Na sinusite aguda, a mucosa nasal necessita de no máximo três meses para se recuperar totalmente. Passando desse período, já podemos considerar um quadro de sinusite crônica. Mas afinal, como a sinusite aguda pode progredir para a crônica? 

A resposta para essa pergunta não é tão simples. Primeiro, cada paciente possui uma predisposição genética diferente. E é justamente essa predisposição que vai definir como será a resposta imunológica do organismo contra a infecção. 

Fatores como tabagismo, doenças respiratórias e alergias podem enfraquecer ainda mais a imunidade do indivíduo. E esse cenário pode dificultar a recuperação da mucosa nasal em um quadro de sinusite aguda. Como consequência, temos a evolução para um quadro crônico.

Quais são os grupos mais afetados?

Por ser uma infecção muito comum, podemos dizer que todas as pessoas já tiveram um ou mais quadros de sinusite durante a vida. E os sintomas podem surgir em qualquer faixa etária.

No entanto, existem grupos que apresentam maior predisposição a tipos específicos da doença. Por exemplo, bebês e crianças costumam contrair sinusite aguda com mais frequência em decorrência dos vírus. Enquanto isso, fumantes estão mais suscetíveis aos casos crônicos.

O que isso quer dizer? Simples: o diagnóstico não deve ser realizado considerando faixas etárias. Cada quadro precisa de uma análise específica e individual realizada por um profissional. 

Sinusite crônica e aguda: quais os principais tratamentos?

Como é de se imaginar, as duas formas da condição possuem tratamentos um pouco diferentes. Quando o diagnóstico da sinusite aguda mostra causa bacteriana, o tratamento pode ser realizado por meio de corticóides nasais em spray, antibióticos e analgésicos.

No entanto, em situações em que os sintomas passem do período de três meses, configurando a sinusite crônica, o tratamento é outro.

Além do uso constante de corticóides nasais em spray, alguns casos podem pedir interferência cirúrgica. O procedimento, relativamente simples, consiste na abertura de um caminho de drenagem de secreção na região do nariz. Dessa maneira, o muco encontrará mais dificuldade de se acumular nos seios da face, consequentemente evitando a inflamação.

Recomendações

Uma das recomendações mais eficientes para combater o incômodo causado pela sinusite é lavar o nariz com soro fisiológico. A lavagem deve ser feita com uma seringa no mínimo quatro vezes ao dia. Para lavar, basta jorrar sem muita força 10 ml de soro fisiológico em cada narina.

Por último mas não menos importante, beber bastante água é essencial para evitar quadros de sinusite. Com o corpo devidamente hidratado a secreção nasal torna-se mais fluida, o que contribui para os mecanismos que cuidam da limpeza do nariz funcionarem plenamente.

Quando procurar um médico?

Como citamos anteriormente, estar atento aos sinais é indispensável para o seu diagnóstico. Portanto, fique de olho. Caso os sintomas sejam mais próximos de uma gripe comum, como coriza e dores musculares, provavelmente você contraiu sinusite aguda viral. Nesse cenário, a lavagem diária, repouso e uso de analgésicos podem resolver o quadro.

Entretanto, ao identificar quaisquer sinais de alerta de sinusite bacteriana, como inchaço no olho, vômitos e dificuldade de respiração, não pense duas vezes em procurar assistência médica. E se os sintomas persistirem por mais de três meses, o melhor a ser feito é marcar atendimento especializado com um otorrinolaringologista.

Lembre-se: quanto mais cedo o quadro de sinusite for identificado, mais fácil será o tratamento. Portanto, esteja atento aos sinais, evite automedicação e procure ajuda médica.

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