Quando se fala em câncer de fígado, na verdade, estamos falando de diversas doenças diferentes, já que a sua origem pode ser tanto no próprio fígado quanto em praticamente qualquer outro órgão do corpo.
Sendo assim, esta doença se manifesta de várias formas diferentes e, portanto, pode necessitar de variados métodos diagnósticos e tratamentos combinados. Vamos falar um pouco mais em detalhes a seguir!
O câncer de fígado e seus sintomas
O fígado é um órgão que desempenha várias funções diferentes no organismo. Dentre elas:
- Atua na coagulação sanguínea;
- Metabolização de medicamentos, drogas, álcool e venenos;
- Absorção de colesterol e gorduras;
- Auxílio no controle dos níveis de açúcar (glicose) no sangue;
- Regulação de diversos hormônios;
- Produção de bile.
Devido às suas diversas funções e à sua localização estratégica, o tipo mais comum de câncer no fígado é aquele originado em outros lugares do corpo, conhecido como câncer de fígado secundário ou metastático.
Por exemplo, um câncer de cólon (intestino grosso) que se espalhou para o fígado é chamado de metástase hepática de câncer colorretal. Outros tipos de tumor que comumente podem se espalhar para o fígado são os de pâncreas, estômago, esôfago, pulmão, pele, mama, ovário, útero, próstata, rins e bexiga.
Menos comum, mas também importante, é o câncer originado no próprio fígado, conhecido como primário. O mais comum é o carcinoma hepatocelular. Outras espécies importantes de neoplasias primárias do fígado são: colangiocarcinoma, carcinoma fibrolamelar, hepatoblastoma, entre outros.
Na maioria dos casos, os sintomas iniciais são inexistentes ou muito inespecíficos, tais como perda de peso inexplicada, cansaço, perda de apetite, sensação de peso na barriga ou distensão abdominal.
Em estágios mais avançados, alguns sinais mais específicos aparecem, tais como olhos e pele amarelados (icterícia) e acúmulo de líquido na barriga (ascite).
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico em geral é feito por meio de uma imagem do fígado, tal como uma ultrassonografia ou uma tomografia de abdomen. Em muitos casos, não são necessários outros exames.
No entanto, às vezes é necessário recorrer a exames de sangue, como marcadores tumorais (alfa-feto proteína), ou até uma biópsia hepática. Após o diagnóstico, é preciso fazer o estadiamento do tumor, ou seja, rastrear o resto do corpo para entender precisamente qual a real extensão do acometimento tumoral.
Frequentemente, o rastreamento é feito através de tomografia, ressonância magnética e, em alguns casos, PET-Scan, que é um exame avançado do corpo inteiro que avalia o metabolismo das estruturas estudadas.
Qual é o tratamento para câncer de fígado?
Como vimos, o câncer de fígado abrange uma grande quantidade de doenças diferentes e o tratamento vai variar de acordo com o tipo de câncer.
As cirurgias para remoção do tumor são chamadas de hepatectomia e podem ser realizadas tanto pelo método tradicional (com grandes cortes) como por via minimamente invasiva (laparoscopia ou cirurgia robótica).
A definição pelo método vai depender principalmente do tamanho do tumor e da sua localização no fígado.
Associado à cirurgia, por vezes será necessário a complementação com quimioterapia ou radioterapia, daí a importância do acompanhamento multidisciplinar por uma equipe especializada que inclua, além do cirurgião, o oncologista, o radioterapeuta, o radiologista intervencionista, entre outros.
Dúvidas? Entre em contato conosco!
Deu para perceber que quando o assunto é câncer de fígado estamos falando de uma condição altamente complexa, que demanda uma grande expertise para se atingir os melhores resultados e a maior chance de cura possível!
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